terça-feira, 27 de abril de 2010

Contos Imediatos XVIII



- Mas...e aí? Meio nada a ver isso...Qual é a moral da história?
- Não tem moral nenhuma. Os contos são assim desde que nasceram: acríticos, ascéticos, alheios das ruas cheias de gente e, quase sempre, antipáticos. Não querem agradar ninguém. São a ingenuidade sublime de costurar palavras. O conto não quer nada senão contar. Tal qual o bebê que sonha, sem saber que sonha. Tal qual as tulipas lindas, sem saber que o são. São relatos cotidianos, sem tragédia, sem comédia, e são contos porque são contados, simplesmente.
-
PFF

3 comentários:

  1. E cada um lhe dá o juízo conforme convém o seu background vivencial :*

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  2. Em tempos de twitter, o conto agoniza e o microconto revela os genios do less is more.

    Sem falar nos (meta)microcontos!

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  3. É gabriel, como diz Heidegger em Carta ao Humanismo, a linguagem é a casa do ser (até aqui eu desconfio qdo penso sobre o fracasso da linguagem quando se trata do inconsciente)...Em sua habitação mora o homem. Os pensadores e os poetas lhe servem de vigias...Eis o espaço poroso do microconto, exatamente possibilitando o background mencionado pela Grazi!

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