A gente dizia baixinho:
o mundo não é meu,
o mundo não é teu.
E só a gente escutava o mundo.
Enquanto dançavam e bebiam,
e dançavam e esculpiam corpos,
e dançavam e circundavam a lâmpada,
e dançavam e etiquetas por todos lados;
já passava das dezoito horas,
já passava mais um sábado,
já vinha outra segunda,
com a mesma cara de sábado,
que era sempre uma segunda
pra quem nunca dançava.
Por que tinham nome os benditos dias?
Mas a gente dizia baixinho:
o mundo não é meu,
o mundo não é teu.
A gente estava louco.
A gente sabia, fazia tudo,
e tudo que fazia era pouco.
Mas a cartilha mandava dançar,
com um monte de pernas enlaçadas,
e a gente até tentava,
ensaiava, se lançava.
Tinha o mistério do mundo no bolso.
A gente era a caça ou caçava?
Era a tolice do sábado de antes.
Sábado era dia de dançar.
Segunda, de trabalhar.
A cartilha era do mundo, a gente sabia.
Mas reacionávamos em silênico,
a gente não fazia!
Seguir? A gente também não seguia!
Mas o mundo nos escutava?
E aonde iria para o trem?
No vazio de um desfiladeiro fantasma?
No mundo além do mal, do bem?
Mas aí precisava virar o mundo do avesso!
Ventamos com quatro asas amigas.
Com naipes de bossa nova,
o mundo não é meu,
o mundo não é teu.
E só a gente escutava o mundo.
Enquanto dançavam e bebiam,
e dançavam e esculpiam corpos,
e dançavam e circundavam a lâmpada,
e dançavam e etiquetas por todos lados;
já passava das dezoito horas,
já passava mais um sábado,
já vinha outra segunda,
com a mesma cara de sábado,
que era sempre uma segunda
pra quem nunca dançava.
Por que tinham nome os benditos dias?
Mas a gente dizia baixinho:
o mundo não é meu,
o mundo não é teu.
A gente estava louco.
A gente sabia, fazia tudo,
e tudo que fazia era pouco.
Mas a cartilha mandava dançar,
com um monte de pernas enlaçadas,
e a gente até tentava,
ensaiava, se lançava.
Tinha o mistério do mundo no bolso.
A gente era a caça ou caçava?
Era a tolice do sábado de antes.
Sábado era dia de dançar.
Segunda, de trabalhar.
A cartilha era do mundo, a gente sabia.
Mas reacionávamos em silênico,
a gente não fazia!
Seguir? A gente também não seguia!
Mas o mundo nos escutava?
E aonde iria para o trem?
No vazio de um desfiladeiro fantasma?
No mundo além do mal, do bem?
Mas aí precisava virar o mundo do avesso!
Ventamos com quatro asas amigas.
Com naipes de bossa nova,
com música nova e antiga.
Humberto, hilex na avenida São João.
Caetano, simples, simplinho de coração,
o avesso, do avesso, do avesso.
Humberto, hilex na avenida São João.
Caetano, simples, simplinho de coração,
o avesso, do avesso, do avesso.
Vinícius, o poetinha, o amigo que mereço.
Mas a gente dizia baixinho:
o mundo não é meu,
o mundo não é teu.
A gente morreu,
e o mundo, enfim, não entend(D)eu(s).
Mas a gente dizia baixinho:
o mundo não é meu,
o mundo não é teu.
A gente morreu,
e o mundo, enfim, não entend(D)eu(s).
PFF
sabe o que eu achei o melhor disso... é que como de costume nao entendi nada.. nada nada nada...
ResponderExcluirmas "é bonito" "lindo" e citam-se outros... mas no fim, como de costume, nada, e só sobra os que sempre sobram.
muito obrigado pela homenagem. e agora entende-se menos ainda!
proposito, tirando-se enclises, mesoclises, proclises... essa merece mais uma! pega la com o ceara que depois eu acerto! ceara nao ta? pega la no paraiba ou na do caboclo (esse que veio de manaus)
ResponderExcluirNada do nada de nada, à la Chacrinha!
ResponderExcluirÉ polpa de dente lá e cá, versos que vem pra cám, vai pra lám!