ENTREDRAGÕES
São mesmo os compromissos, tais?
Me explode agora essa intriga.
Mais essas vaguidades de fundo!
Eis que a tarde é minha’miga
mesmo sendo vazia de mundo.
Inebriado por sensíveis sensações,
passeio entredragões e angélicas.
Ao deixar minhas verdes razões,
lembro putas baratas, famélicas.
Do amor recordo a saudade!
Entre uma ou outra nota,
recupero a minha verdade.
Também me lembro das tetas,
que tanto apraziam olhar.
O calor daquelas gavetas,
é que me faziam iluminar.
Agora desabafo a sinceridade:
essa benção não pago à vista.
No cartão das minhas profundidades,
mantenho uma metade mal vista
Nas muletas que me escoram,
vivo a vida que mais preciso.
Na aurora da minha história,
transito entre Geraldo ou Chico,
Traio a sociedade que
me espera no pódio de ouro.
Num furtivo encontro violado,
esqueço do plano vindouro.
Seguido me abate a ausência de tom,
umas falhas seqüenciais.
Um bemol ou sustenido
gaguejam versos mananciais.
No desafino daqueles minutos,
vivo-me mesmo assim.
Abobalhado nos meus acordes fajutos,
vou passeando sobre mim.
E esta música bonitinha,
faz o que espero da tarde.
A altaneira crueza minha,
requer que se aumente a alteridade.
E faço dos compromissos de antes
a maldição que arranca e me arde.
Me sigo a ouvir,
ao iniciar da nova cena.
Enquanto esse episódio morre,
conto outra verdade, uma pena.
Agora sou um vencedor.
Meu terno é alinhado.
Meu relógio reluz ao sol,
meu cabelo é bem tratado
A cara grave de um si bemol,
completam meu personagem.
Aquela tarde era adulto-infantil,
Burocraticamente, pura bobagem.
E meus anos mais belos
nessa cadeira macia,
nesse ambiente notável,
repleto de vidas vazias.
Me relacionando com uma tela de luz,
agora a todos sou palatável.
Sou cúmplice da sociedade,
com a alma quase amputável.
Logo traio,
esse solitário ganha-dor que ora sou.
Sem morrer me desmaio;
suplicando a emoção que restou.
Venci a onda que nos leva ou ela a mim?
Comi ela no rabo ou fui antes castrado?
Estava perdido...paradoxos...enfim...?
Vivo vivia, no meu violão desafinado...
A noite cai na paisagem.
Os vidros que viam até o mar,
refletem o fantasma: minha imagem.
E volto às interioridades, a pensar.
Inexato nesta outra paragem,
saio a trotar pela cidade que flerto.
A justeza dos meus passos
na garoa desse chuvoso deserto.
O terno vencedor se vai encharcando,
com a mesma lentidão da chuva.
Meu instinto segue flutuando
nas marquises que andam em curva.
Ensaio meu teatro decente,
que permanece a se aproximar.
Do violão me sinto carente,
tal qual das tardes a fornicar.
Quando a água alcançar a carcaça,
estarei na casa que não é minha.
Anestesiado nuns goles de cachaça.
Dormirei esta vida mesquinha.
São mesmo os compromissos, tais?
Me explode agora essa intriga.
Mais essas vaguidades de fundo!
Eis que a tarde é minha’miga
mesmo sendo vazia de mundo.
Inebriado por sensíveis sensações,
passeio entredragões e angélicas.
Ao deixar minhas verdes razões,
lembro putas baratas, famélicas.
Do amor recordo a saudade!
Entre uma ou outra nota,
recupero a minha verdade.
Também me lembro das tetas,
que tanto apraziam olhar.
O calor daquelas gavetas,
é que me faziam iluminar.
Agora desabafo a sinceridade:
essa benção não pago à vista.
No cartão das minhas profundidades,
mantenho uma metade mal vista
Nas muletas que me escoram,
vivo a vida que mais preciso.
Na aurora da minha história,
transito entre Geraldo ou Chico,
Traio a sociedade que
me espera no pódio de ouro.
Num furtivo encontro violado,
esqueço do plano vindouro.
Seguido me abate a ausência de tom,
umas falhas seqüenciais.
Um bemol ou sustenido
gaguejam versos mananciais.
No desafino daqueles minutos,
vivo-me mesmo assim.
Abobalhado nos meus acordes fajutos,
vou passeando sobre mim.
E esta música bonitinha,
faz o que espero da tarde.
A altaneira crueza minha,
requer que se aumente a alteridade.
E faço dos compromissos de antes
a maldição que arranca e me arde.
Me sigo a ouvir,
ao iniciar da nova cena.
Enquanto esse episódio morre,
conto outra verdade, uma pena.
Agora sou um vencedor.
Meu terno é alinhado.
Meu relógio reluz ao sol,
meu cabelo é bem tratado
A cara grave de um si bemol,
completam meu personagem.
Aquela tarde era adulto-infantil,
Burocraticamente, pura bobagem.
E meus anos mais belos
nessa cadeira macia,
nesse ambiente notável,
repleto de vidas vazias.
Me relacionando com uma tela de luz,
agora a todos sou palatável.
Sou cúmplice da sociedade,
com a alma quase amputável.
Logo traio,
esse solitário ganha-dor que ora sou.
Sem morrer me desmaio;
suplicando a emoção que restou.
Venci a onda que nos leva ou ela a mim?
Comi ela no rabo ou fui antes castrado?
Estava perdido...paradoxos...enfim...?
Vivo vivia, no meu violão desafinado...
A noite cai na paisagem.
Os vidros que viam até o mar,
refletem o fantasma: minha imagem.
E volto às interioridades, a pensar.
Inexato nesta outra paragem,
saio a trotar pela cidade que flerto.
A justeza dos meus passos
na garoa desse chuvoso deserto.
O terno vencedor se vai encharcando,
com a mesma lentidão da chuva.
Meu instinto segue flutuando
nas marquises que andam em curva.
Ensaio meu teatro decente,
que permanece a se aproximar.
Do violão me sinto carente,
tal qual das tardes a fornicar.
Quando a água alcançar a carcaça,
estarei na casa que não é minha.
Anestesiado nuns goles de cachaça.
Dormirei esta vida mesquinha.
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