FUMAR A POESIA
Que não se enganem todos,
Que compreenda a lei,
Que não reprimam os moralistas,
Que tolerem os alérgicos:
O cigarro de um poeta não é qualquer.
Que não se enganem todos,
Que compreenda a lei,
Que não reprimam os moralistas,
Que tolerem os alérgicos:
O cigarro de um poeta não é qualquer.
O cigarro é o momento de esfumaçar de poesia
as realidades esfumaçadas.
O poeta sabe-se vivo,
O poeta sabe-se vivo,
cogita-se morto.
Sabe das distrações da vida,
Sabe que viver é uma distração do todo.
Sabe dispensar a podridão do tempo.
E porque sabe,
E porque não lhe cai bem o suicídio, fuma.
Sabe dispensar a podridão do tempo.
E porque sabe,
E porque não lhe cai bem o suicídio, fuma.
E esse lânguido e lento suicídio
é um caminho, oásis caminho.
Da angústia que se abrevia.
Da morte, e seu fascínio diante da vida.
Aos fumantes todos decreta-se:
Parem de fumar!
Para que não falte cigarro aos poetas;
À estes, para quem
fumar é uma poesia para o fim da vida.
PFF
E sobre a bebida, Quintana já nos alertava:
ResponderExcluir"Só se deve beber por gosto, beber por desgosto é uma cretinice!”
Vamos beber e fumar meu caro!!
Saudade de ti.bjo