Aulas terapêuticas têm o objetivo de auxiliar os alunos para que encontrem seus personalíssimos caminhos. A porta por excelência que abre esses caminhos é a indagação. Quando se inicia um curso de graduação, é a indagação que deve prevalecer nos primeiros momentos de natural estranhamento com o mundo que se descortina. Porque fazer o curso que escolhi fazer? Na nossa aldeia tribal-urbana, em que continuam os médicos e bacharéis (e outros "doutores") como detentores dos lugares privilegiados na torre de Babel da "nobreza" (beeeeeem entre aspas), devem todos estar atentos para os caminhos do coração, como já disse Goethe, que podem (e apenas podem) ser diferentes daqueles indicados por nossos pais, por nosso meio e por todo o resto que nos circunda.
Também não se pode ser simplesmente ácido a ponto de não perceber a boa intenção de quem nos indica caminhos, já que a intenção, apesar de ingênua, é fidalga. Como é penoso fazer outros perceberem que o que lhes é caro na vida não é o que é caro para todos! O velho filme Sociedade dos Poetas Mortos representa isso que quero dizer, quando o rapaz que queria fazer teatro, sufocado pelas imposições do pai de ser um "doutor" reconhecido, mete um tiro na própria cabeça em busca da liberdade que não teve pela "boas intenções" do pai que, por certo, queria realizar seus projetos frustrados por intermédio do filho. Autenticar dogmas é preciso. E é isso, apesar da quase vitimização do S. Jobs, que o vídeo enviado pela Ana Sefrin mostra.
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