quinta-feira, 17 de novembro de 2011

MÍNIMAS - 5


metalegenda: A LEGENDA




Os reis e os gênios e todos os fronteiriços são prostitutos que cobram com moedas de vaidade.


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A filosofia que se anuncia para o futuro tem o compromisso de ser uma filosofia carregada de intimidade. Na filosofia do futuro, formada por indivíduos individuados, cada um falará com propriedade apenas daquilo que realmente é.


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Enquanto o Windows muda, o mundo vai envelhecendo.


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Um carrossel monótono com idiotas em cavalinhos de madeira que vem e vão sempre do mesmo jeito e no mesmo lugar, assistidos por outros idiotas sem paciência que estão preocupados com os investimentos, com a otimização de tudo que se tem que ser, com a trepada com a namorada, com a próxima forma de ser aceitável aos outros: eis a vida, como ela é.


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É na escuridão que podemos encontrar o amor que devemos aos outros. O amor precisa, antes, de muitas rosetas ferinas na sola de um pé descalço.

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Num mundo de mercadorias, a trincheira que temos é a produção de belezas íntimas que valem apenas alguns centavos.

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O amor é uma circunstância de necessidades.

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Os outros, se bem não nos deixam viver como reis de nós mesmos, também nos fazem ter a nobreza de abdicar do reinado.


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O amor é quando os paradoxos se confundem depois de uma cambalhota.







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