terça-feira, 6 de setembro de 2011

TORRA TORRA DE ILEGITIMIDADES


Foto da amiga e fotógrafa Nina Paludo, o novo olhar revelado, legitimado, encaminhado, remoçado.



Se o que escrevo tem valor, não sou eu que o tenho:
O valor está ali, nos meus versos.
Tudo isso é absolutamente independente da minha vontade.

Alberto Caeiro




Só os gênios podem
vencer a falácia
da humildade para poder declarar:
“eu sou um gênio”.
A vontade é de poder,
simplesmente.
Querer poder não é odiar competidores,
mas saber que amar os outros é um tema de casa.
Querer poder não é encharcar-se de soberba,
mas enobrecer cada cena da existência.
Querer poder não é desejar o trono,
mas distribuir saídas para quem não as têm.
Querer poder não é menosprezar o amor,
mas aprender a ter menos medo da eternidade.
Querer poder não é prever o porvir,
mas ajudar a tirar as pedras do futuro.
Querer poder é querer saber-se.
E há quem se saiba sendo isto,
aquilo ou nenhum e nenh’outro.
(essas aspinhas no meio da palavra é pra dar um charme,
como se as aspas fossem os paetês de um belo vestido).
Mas, voltando ao antes,
qual é o pecado de querer saber-se e, afinal, se der certo, saber-se?
Encontre seu poder,
vá até a sua banca de poder mais próxima.
Aproveite a promoção do fim do mundo:
TORRA TORRA DE ILEGITIMIDADES.

Nenhum comentário:

Postar um comentário