Sou a realidade que em mim.
Um exercício pulmonar,
até a relidade do meu fim.
No caminho nada importa,
senão tudo que eu viva.
E quando eu findar,
nada será fim além de mim.
Como será que será o meu fim?
Mas isso nem importa,
senão a dor, a dor que em mim.
E será que será triste o meu fim?
Mas isso nem importa,
senão a curiosidade do dia,
se for em dezembro ou um dia de chuva.
Melhor ainda que não chova,
velório com chuva é um saco.
Quem morre em dia de chuva
esquece que velório é um compromisso a céu aberto.
Será que será o meu fim, no fim?
Duvidando vou vivendo
até morrer dentro de mim.
E fora viverei. Sentindo. Como agora. Assim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário