DESCONEXÕESNATURAIS
Nos rádios não há voz.
Música e poesia também se divorciaram.
Afastamento, separação, solidão atroz;
bijuterias vagabundas desse humano sem nós.
Caminham com medo,
perfumados de verdades, confianças.
Enganados com seu próprio enredo,
respiram farpas fartas de esperança.
Plenos de inverdades,
sua metafísica não muda.
Preguiçosos de sua complexidade,
perdem seu tesouro que afunda.
Não se alteram;
nem cedo, nem tarde.
Disparates veneram,
aprisionando o sorriso à castidade
O conglomerado é um carinho.
Ali são de uma cor só.
Mesmo juntos, tão sozinhos;
distraídos até de novo virar pó.
Na abstração de jumentos
a que chamam sociedade,
cochilam desatentos,
se pensando sumidades.
Não pertencer, não me abate.
Mas não traduzo esse sinal.
Suspeitando das dicotomias,
suspendi o que antes era bem e mal.
Agora já não sei.
Essa é a verdade.
Duns poucos grilhões escapei,
e das certezas, agora fica a saudade.
Eu não sei, amém!
Como percebi que não sei?
Não sei também.
Intuo, porém, que um dia saberei.
Ideias ilhadas enfraquecem.
Os conceitos só são em suspensão.
Porque desconfiando tudo fenece,
os dogmas transam com a ilusão.
Essa suspensão toca o silêncio.
E o que cala é poesia.
Na dúvida, um bebedouro imenso.
Na certeza, um circo de fantasias
Desafinos intelectuais nos envenenam.
São terroristas do pensamento.
Enquanto quase todos cá encenam,
a lógica vence o sentimento.
O silêncio é o sonho,
e no sonho se fala em silêncio.
Viver me dá um medo medonho.
A morte é oásis do sonho...êxtase do silêncio.
Nas músicas voz não existe.
Nem mesmo pios ou cacarejos.
Eletrônica a poesia é triste,
e a vida, da morte vira um ensejo.
A natureza é poesia.
Mas a música se esqueceu,
que o ser humano não é anestesia,
desde o dia em que nasceu.
Quando não se transmite,
alguma morte venta no ar.
Quem vive só assiste,
a morte se aproximar.
Sem voz pode a música orquestrar.
A lástima ausente,
não é a voz humana propriamente,
mas a poesia a se olvidar.
Poesia do violino sem voz que canta.
Grunhido da chuva que toca o mar.
Quem poeta seus males espanta,
Quem pensa até aprende a amar.
Os bípedes fartos e inconscientes,
nadam pelas ruas, caminham pelo mar.
Deliram...e seguem sem pensar.
Mataram a poesia, desaprenderam a amar.
Devia o mundo recomeçar,
e os bípedes, aprender a se afinar.
Nos rádios não há voz.
Música e poesia também se divorciaram.
Afastamento, separação, solidão atroz;
bijuterias vagabundas desse humano sem nós.
Caminham com medo,
perfumados de verdades, confianças.
Enganados com seu próprio enredo,
respiram farpas fartas de esperança.
Plenos de inverdades,
sua metafísica não muda.
Preguiçosos de sua complexidade,
perdem seu tesouro que afunda.
Não se alteram;
nem cedo, nem tarde.
Disparates veneram,
aprisionando o sorriso à castidade
O conglomerado é um carinho.
Ali são de uma cor só.
Mesmo juntos, tão sozinhos;
distraídos até de novo virar pó.
Na abstração de jumentos
a que chamam sociedade,
cochilam desatentos,
se pensando sumidades.
Não pertencer, não me abate.
Mas não traduzo esse sinal.
Suspeitando das dicotomias,
suspendi o que antes era bem e mal.
Agora já não sei.
Essa é a verdade.
Duns poucos grilhões escapei,
e das certezas, agora fica a saudade.
Eu não sei, amém!
Como percebi que não sei?
Não sei também.
Intuo, porém, que um dia saberei.
Ideias ilhadas enfraquecem.
Os conceitos só são em suspensão.
Porque desconfiando tudo fenece,
os dogmas transam com a ilusão.
Essa suspensão toca o silêncio.
E o que cala é poesia.
Na dúvida, um bebedouro imenso.
Na certeza, um circo de fantasias
Desafinos intelectuais nos envenenam.
São terroristas do pensamento.
Enquanto quase todos cá encenam,
a lógica vence o sentimento.
O silêncio é o sonho,
e no sonho se fala em silêncio.
Viver me dá um medo medonho.
A morte é oásis do sonho...êxtase do silêncio.
Nas músicas voz não existe.
Nem mesmo pios ou cacarejos.
Eletrônica a poesia é triste,
e a vida, da morte vira um ensejo.
A natureza é poesia.
Mas a música se esqueceu,
que o ser humano não é anestesia,
desde o dia em que nasceu.
Quando não se transmite,
alguma morte venta no ar.
Quem vive só assiste,
a morte se aproximar.
Sem voz pode a música orquestrar.
A lástima ausente,
não é a voz humana propriamente,
mas a poesia a se olvidar.
Poesia do violino sem voz que canta.
Grunhido da chuva que toca o mar.
Quem poeta seus males espanta,
Quem pensa até aprende a amar.
Os bípedes fartos e inconscientes,
nadam pelas ruas, caminham pelo mar.
Deliram...e seguem sem pensar.
Mataram a poesia, desaprenderam a amar.
Devia o mundo recomeçar,
e os bípedes, aprender a se afinar.
E ai garoto, quanto tempo.
ResponderExcluirComo anda teu trabalho?
Fiquei sabendo que vc foi no lançamento do livro do Gabriel, bem legal.
Beijos.