O CANÁRIO DE VENÂNCIO
Venâncio era um homem de poucas palavras. Falava apenas quando o mundo lhe solicitava. Era também rotineiro, metódico e cartesiano com tudo que solicitava do mundo. Morava em uma grande cidade e tinha como companhia um canário belga de cor amarelo claro. O canário, assim como Venâncio, quase não cantarolava. Economizava os pios. E piava apenas para solicitar comida. Viviam em harmonia. Venâncio tinha um único parente. Um primo que morava na distância continental que era a cidade de Anajatuba no Maranhão. Mas também não sabia mais se esse tal primo ainda piava ou se já tinha a terra tragado suas vísceras. No princípio, enquanto namoravam, os pios do canário à Venâncio, eram por alpiste. Porque à Venâncio lhe aprazia a ordem, estabeleceu sempre horários rígidos para o alimento do canário. E assim, sempre às 7 e às 22:30, despejava a quantia de meia xícara de chá no lugarzinho que comia o canário. Também sempre à meia tarde, nunca antes das 15 nem depois das 16, pendurava com um prendedor de roupas, meia folha de alface na gaiola.
O canário - que de irracional não tinha nada como pensavam os tolos -, já havia aprendido o quando de sua comida. Por isso nunca mais piou. E Venâncio morreu, calado. Três dias e meio depois, morreu o canário, cantarolando até o último suspiro.
Venâncio era um homem de poucas palavras. Falava apenas quando o mundo lhe solicitava. Era também rotineiro, metódico e cartesiano com tudo que solicitava do mundo. Morava em uma grande cidade e tinha como companhia um canário belga de cor amarelo claro. O canário, assim como Venâncio, quase não cantarolava. Economizava os pios. E piava apenas para solicitar comida. Viviam em harmonia. Venâncio tinha um único parente. Um primo que morava na distância continental que era a cidade de Anajatuba no Maranhão. Mas também não sabia mais se esse tal primo ainda piava ou se já tinha a terra tragado suas vísceras. No princípio, enquanto namoravam, os pios do canário à Venâncio, eram por alpiste. Porque à Venâncio lhe aprazia a ordem, estabeleceu sempre horários rígidos para o alimento do canário. E assim, sempre às 7 e às 22:30, despejava a quantia de meia xícara de chá no lugarzinho que comia o canário. Também sempre à meia tarde, nunca antes das 15 nem depois das 16, pendurava com um prendedor de roupas, meia folha de alface na gaiola.
O canário - que de irracional não tinha nada como pensavam os tolos -, já havia aprendido o quando de sua comida. Por isso nunca mais piou. E Venâncio morreu, calado. Três dias e meio depois, morreu o canário, cantarolando até o último suspiro.
PFF
Essa vida virtual, tu entra lá e eu aqui, cada um fala de um ponto, os dois no mesmo espaço.
ResponderExcluirMas percebi que falamos ao mesmo tempo, pensei em saber de ti e tu apareceu por lá, sicronicidade.
SC? Nossa que maravilha!
Grandes mudanças então?
Boa sorte nessa nova etapa.
Sigo por aqui, te lendo.
Beijos querido.
Meu poeta..gostei...do som..meu poeta....assina teus contos!! Esse é vc numa tarde de inverno..sentado na grama..falando alguma coisa..impublicável.
ResponderExcluirE esse é um Miró???
bjos
Vou assinar então Cervi!!
ResponderExcluirNão entendi o "Esse é vc numa tarde de inverno..sentado na grama..falando alguma coisa..impublicável"...rssss
Miró sim, cheio de cores!
beso