segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Recomeço


Queridos leitores!

Por motivos de febre amorosa, este blog ficou isolado em algum centro de tratamento intensivo de algum lugar sem nome no universo. Em verdade o amor não tem lugar, não tem limites, não tem manual de instruções como os eletrodomésticos, não tem uma bula ou método, não é nada se fica espremido em corações solitários. Sem mais, o amor se dá no mundo para os indivíduos. Acontece. E porque minha relação com o fidalgo sentimento do mundo andava medicamentosa, por assim dizer, é que precisei vaciná-la. No existencialismo de Sartre, os indivíduos são projetos que se lançam para o futuro; e as coisas só se dão, depois que acontecem. Assim, um grande pintor só será depois que tiver uma grande quantidade de obras reconhecidas. Um mestre da música só se revela depois que tem suas canções reveladas. Da mesma forma existencialista, o amor - mesmo não tendo sido tratado por Sartre - só se dá quando é. Simples assim. E este sempre sonhador que vos fala, retornou de uma muito longa viagem apenas agora. Uma viagem que se iniciou muito antes dessa efêmera pausa no blog. Uma viagem de aproximadamente um ano e três meses. Percorri rincões, voltas e mais voltas...Busquei em todas as partes, como um acólito fervoroso. Quando pensei que convalescia, era brutalmente acometido das mais tórridas recidivas. E percebendo, com o grande colírio que é o olhar-se interiormente, o tesouro do sentimento se iluminou diante de mim; e estava desenhada uma missão. E porque algumas histórias são para ficarem guardadas com quem se deve, resumo: cruzei o oceano em um avião e voltei voando. Ninguém vai acreditar, mas aprendi a voar sem nenhuma tecnologia e sem nenhuma asa. O amor...bom, o amor seguirá sendo essa coisa de maior que não se pode ver, essa abstração que por alguma razão, desde os remotos tempos, os homens simbolizam com o coração. Talvez porque pulse ritmado, talvez porque é o que nos acompanha da forma mais viva e mais sentida desde quando nascemos até quando vamos amar de outro jeito e em outro lugar.

Desejo que nesse ano de Vênus, os sorrisos possam estar mais presentes que as lágrimas.

2 comentários:

  1. aiaiaia..esse amor que não nos deixa em terra!!
    meu amor de amigo..o bom é que esses nossos amores tb cruzam o oceano voando pra nos fazer aqui..em solo brazuka..ver estrelas!

    Saudades de ti..do blog..de brigar contigo

    E feliz..porque esse coração belo achou pouso..acredito sim.. que num coração tão belo quanto o teu..to curiosa pra connhecer..a "Bela" da inspiração.

    Besos carinho

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  2. De amores e amigos é que se faz uma vida plena Frã...claro, acho que precisamos de uns trocados também. Mas se deve haver algum excesso, que seja dos primeiros e não do último.
    Beijão

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