segunda-feira, 19 de julho de 2010

O amor de todos



TODOS SÃO AMOR


Todos são amor,
Uns por medo
Outros sendo.

Todos são amor,
Com sossego
Ou fervendo.

Todos são amor,
Sentindo texturas de outros dedos
Ou sozinho aborrecendo.

Todos são amor,
Na vazão da noite ou bem cedo
Esperando, se vendendo.


* * *

Todos são amor,
Titubeando a qualquer lado
Nos agoras, no porvir.

Todos são amor,
Os que vivem e os acordados
Não se há que iludir.

Todos são amor,
Apesar da ausência do presente – esse estado
Malditos relógios a confundir.

Todos são amor,
Rezando pálido ou emrubrado
Que a poesia é o amor que está por sair.



PFF

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