Que nós encobrimos a verdade,
não há nenhuma novidade.
As vísceras da morte,
enganamos com algodão no nariz.
Os peidos todos... escondidos:
embaixo do cobertor,no silêncio assoviado das cuecas,
no íntimo privado dos nossos fedores.
É esse fedor da verdade que fica encoberto por aquilo que só pode ser contorno.
Esquecer do fedor gera em mim uma intolerância em relação ao que é definido por alguma definição.
Essa maquiagem que disfarça o pus que contrasta a higidez,
é a mesma que borra as fronhas antes limpas dos travesseiros.
é a mesma que borra as fronhas antes limpas dos travesseiros.
Mas é que nosso fedor tem tantos desejos de dissipar-se no ar
que acaba sendo um fedor meramente de origem.
que acaba sendo um fedor meramente de origem.
O fedor privado tem em si um desejo de ser público.
É como se só pudessemos ser curados à medida que as mãos envergonhadas pelo choro cedessem,
para que nossas lágrimas pudessem ser vistas pelo mundo...,
ou como se o orgasmo múltiplo
só pudesse se dar com uma overdose de vouyerismo passivo,
para que fosse realmente possível aprender sobre o fedor de ser puro.
A pureza tem um fedor ainda pontiagudo aos nossos narizes castos.
Nosso olfato - e nossos outros sentidos -
ainda rezam um terço de joelhos pra pagar um pecado inexistente.
Ou então as flores, que sabem ser flores - e são -
mesmo vivas, mesmo mortas.
QUENTE.
ResponderExcluirPureza FEDE de fato.
"Nosso olfato - e nossos outros sentidos -
ainda rezam um terço de joelhos pra pagar um pecado inexistente" - de volta as leituras psicanaliticas?
A proposito: o cheiro, ali atras, do ralinho...vem da gente... http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Cheiro_do_Ralo
heh
FEDE mesmo.
ResponderExcluirBom, foi com teu comentário que percebi a ligação entre o escrito e as leituras. Influências inconscientes por supuesto.
O cheiro do ralo é tão famoso que já virou até filme na tela.
Abração Gabriel