quinta-feira, 25 de agosto de 2011

territórios desconhecidos





Minha mulher perguntou o que eu achava da roupa que ela ia usar numa janta. Por falar em janta, ela  anda enchendo o meu saco dizendo que não se diz “vou numa janta”, mas sim “vou a um jantar”. Ah, foda-se, vou seguir falando janta. Enche o meu saco também porque eu falo “vou no banheiro mijar”. Me ensinou que banheiro é quando tem vaso (de cagar) e que, em restaurantes e afins, o correto é chamar o banheiro de toalete. Não sei se vocês entenderam, porque eu mesmo fiquei muito tempo pensando nisso. O negócio é o seguinte: quando dá pra tomar banho é banheiro, e quando não dá pra tomar banho não é banheiro, é toalete.

Quanto ao mijo ela me indicou evitar, não o ato do mijo, mas o nome do mijo, ou seja, é preciso batizar o mijo com outro nome que não "mijo". Como me neguei a falar xixi, ela disse que era pra eu dizer simplesmente que estava indo ao banheiro. O problema é que ai fiquei confuso porque não entendi se o banheiro deveria ser usado apenas quando era pra tomar banho ou se também podia ser usado pra ir no banheiro pra fazer mijo com outro nome.

Sobre a roupa ela me disse: “baby, o que você acha de eu ir com uma saia plissada, com uma meia calça com cor de tigre africano, um sapato de tira entrecruzada entre o cinza e o roxo, uns colares de paetê e um look estilo monobloco de cores, que é a última tendência?”*. “Acho bem bom”, respondi.
*o figurino é fictício porque eu não lembro como ele era exatamente dada a variedade de coisas que ela ia pendurar na carne. Falo que é pra não ter que escutar depois que minha mãe vai achar ela brega quando conhecer.

Um comentário:

  1. o importante é nunca mudarmos as pessoas, ela deve te amar falando janta ou não, mijando ou indo ao toilette..o amor quebra os paradigmas e é isso que é fascinante nos casais, o Yin e o Yiang!! e a sabedoria de conviver com as diferenças que são tão iguais. J.F

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