segunda-feira, 4 de julho de 2011
OS LÁBIOS DO COLDRE
Quero ser enganado.
Isso que busco.
Quero que me deixem confuso.
Indeciso.
Quero que me joguem num labirinto.
Quero ter que pensar.
Quero dar adeus à obviedade.
Sou um curioso.
É coisa de homem,
de homem infantilóide,
que quer ver todas as pererecas do mundo interagindo com suas donas.
Ser curioso é A característica do homem.
A hipocrisia, na sua etimologia, por certo,
deve ter nascido no dia em que o homem teve que começar a ser de uma mulher só.
Na antiguidade, era um bacanal desgraçado.
Os gregos comiam todo mundo,
davam a bunda, chupavam-se mutuamente,
e como não haviam os jornais,
nenhum jornal noticiava a notícia como escândalo.
No império romano, as mulheres eram orgulhosamente do lar,
não tinham os brios desassossegados
por não definirem as coisas fora do microcosmo da casa.
Lá, nas coisas da rua
os homens mandavam, e, nas de casa, elas.
As romanas entendiam que 1 é = a 1.
Ter pensado que a rua era mais importante que a casa,
fez das mulheres as promotoras da atual esquizofrenia do mundo.
E as mulheres sempre tiveram mais condições de perceber
que tanto a casa quanto a rua são imprescindíveis,
sem que uma seja necessariamente “melhor” que a outra.
Mas as esposas gregas eram submissas, o que era uma injustiça.
Aristóteles achava que as mulheres e os cachorros estavam em pé de igualdade.
Aristóteles foi idiota nesse ponto.
No século passado as mulheres foram libertas da masmorra.
Yes, she can! Yes, they can!
Sinal dos tempos melhores que vivemos.
Hoje estão com todo gás, gozando múltiplo, nos superando em muitas coisas.
Nós não gozamos múltiplo.
Esse brinde dos deuses é só da mulher e é merecido.
Na antiguidade as gregas gozavam enquanto as romanas faziam polenta.
Hoje as meninas de 18 não gozam...
enquanto as de 40 têm orgasmos múltiplos com as instruções da Revista Nova.
Seja como for,
os homens de 18 e 40 só são diferentes pela cor do cartão de crédito.
Aprendi com as mulheres que as mulheres observam a cor do cartão de crédito que usamos.
Quanto menos colorido, melhor, o que ainda é um resquício da modernidade.
Claro que não todas as mulheres antes que me apedrejem.
As mulheres são melhores que os homens, é preciso que se admita, eu admito.
Estão mais na moda, e cada vez mais estarão.
Mas hoje não há mais submissão.
Hoje vivemos no momento da história
que registra o maior número de homens mandados e comandados
pelas namoradas, noivas, esposas, amigas...
As pererecas têm um poder infalível
e todo homem vive de tentar ficar livre da maldição de alguma,
ainda que seja quase inevitável,
tarefa dos mestres budistas que moram nas cavernas da Índia -
que não faz churrasco no domingo porque todo mundo diz amém na frente das vacas.
Esse momento da história causa este problema:
as mulheres deixaram de ser mulheres por que aprenderam a não ser submissas.
Nisso existe uma incompreensão feminina que as gerações futuras vão perceber.
Existe uma teimosia feminina. Um desejo de levar um 38 no coldre.
Cansei de escrever.
Não sei se é o assunto ou o horário que me cansa ou se eu talvez queira promover um autoengano.
.........
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Sonhei contigo hoje Paulo! Você promoveu uma festa de despedida porque ia ficar em coma.Acordei angustiada...
ResponderExcluirGostei do que escreveu.é bem verdade o que disse sobre a evolução feminina.Concordo, somos superiores aos homens, mas em alguns quesitos apenas.
Essa história de ser um "curioso" Paulo, desperta em nós mulher, a curiosidade intrigante de explorar ainda mais o mundo masculino... cuide-se (por favor) ;) beijos!
Pô Carla, ficar em coma é dose hein! hahaha
ResponderExcluirDe qualquer forma gostei da ideia, aliás, sempre pensei (como quase todo mundo) que reação ou o quê se poderia fazer se soubéssemos com antecedência o dia da nossa morte/coma ou seja lá o que for. Se diz por aí que só os magos podem saber o dia da própria morte. Fernando Pessoa anteviu a dele fazendo mapas astrais. Esse xirú foi muito competente, até pra morrer.
o ser curioso do homem desperta curiosidade na mulher, não sei se entendi, mas me deixou pensando. Beijão querida.
Não devia ter parado de escrever, eu estava gostando...
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