O SÍTIO MATRICIAL
Tudo, outra vez,
no seu devido lugar.
No lugar de origem,
no sítio eterno, uterino, matricial.
Tudo, outra vez,
no seu devido lugar.
No lugar de origem,
no sítio eterno, uterino, matricial.
As ondas quebram no ritmo que quebram.
Dançam frouxas como água,
fortes que só elas por serem mar.
E o mar, o incansável músico mar,
mantém o eco ruidoso dos mesmos acordes
que nunca saem do devido lugar.
O natural e santo devido lugar.
A natureza toda,
do céu de azul possível
à areia desbotada de qualquer cor,
toda ela é o que é,
no plácido devido lugar.
Sempre divinamente abraçada pelo ar,
a natureza repousa eterna,
do desde sempre ao para sempre.
Os caminhantes fazem dos passos que dão,
a direção dos passos que dão.
O universo,
grão de areia na praia dos multiversos,
revela o bem estar do instante,
esse que é tão maior que a felicidade,
essa que nunca tem um devido lugar
e sempre fica nos devendo tanto.
E ela, que a mim é tão natural como ser,
como as coisas que estão que estão no lugar,
igualzinho ao santificado mar;
se deixa em calda viva
na areia a desmanchar,
no chão natural do mundo perto do mar.
Se a vê completa, como a unir universos
que sequer nome ainda têm,
que nem mesmo cabem nesses versos.
O ventre mira o mar.
O mar, de esforço natural em direção ao ventre,
vai ensinando – natural magistério do mar -
que se pode manchar a areia d’água,
só até onde cada onda pode alcançar.
Em vão até o ventre, pobres águas a se esforçar,
enchendo de areia as bocas tantas do mar.
Portais universais que são,
mar e ventre se entreolham, flertam.
Cada retorno das ondas ao mar é frustração.
E as ondas filhotes, aos desejos, os despertam.
Portas multiversais,
esteiras ao mistério,
do misteriosamente,
prelúdio do caminho de flores
até onde mora,
numa casa hospitaleira de tábuas singelas,
o amor de nenhum mistério.
É lá, no cimo mais simples do oiteiro,
o devido lugar do amor,
o amor da deliciosa morte de viver,
o sítio eterno, uterino, matricial.
Empate da existência,
lugarzinho simples, frugal.
A natureza toda,
do céu de azul possível
à areia desbotada de qualquer cor,
toda ela é o que é,
no plácido devido lugar.
Sempre divinamente abraçada pelo ar,
a natureza repousa eterna,
do desde sempre ao para sempre.
Os caminhantes fazem dos passos que dão,
a direção dos passos que dão.
O universo,
grão de areia na praia dos multiversos,
revela o bem estar do instante,
esse que é tão maior que a felicidade,
essa que nunca tem um devido lugar
e sempre fica nos devendo tanto.
E ela, que a mim é tão natural como ser,
como as coisas que estão que estão no lugar,
igualzinho ao santificado mar;
se deixa em calda viva
na areia a desmanchar,
no chão natural do mundo perto do mar.
Se a vê completa, como a unir universos
que sequer nome ainda têm,
que nem mesmo cabem nesses versos.
O ventre mira o mar.
O mar, de esforço natural em direção ao ventre,
vai ensinando – natural magistério do mar -
que se pode manchar a areia d’água,
só até onde cada onda pode alcançar.
Em vão até o ventre, pobres águas a se esforçar,
enchendo de areia as bocas tantas do mar.
Portais universais que são,
mar e ventre se entreolham, flertam.
Cada retorno das ondas ao mar é frustração.
E as ondas filhotes, aos desejos, os despertam.
Portas multiversais,
esteiras ao mistério,
do misteriosamente,
prelúdio do caminho de flores
até onde mora,
numa casa hospitaleira de tábuas singelas,
o amor de nenhum mistério.
É lá, no cimo mais simples do oiteiro,
o devido lugar do amor,
o amor da deliciosa morte de viver,
o sítio eterno, uterino, matricial.
Empate da existência,
lugarzinho simples, frugal.
Devido lugar.
PFF
Foto e dizeres doces!
ResponderExcluirum bjo suave pra vc
Quanta "naturaleza"!
ResponderExcluirAbraço,