A maior riqueza do homem
é a sua incompletude.
Nesse ponto sou abastado.
Palavras que me aceitam como sou - eu não aceito.
Não agüento ser apenas um sujeito que abre portas,
que puxa válvulas, que olha o relógio,
que compra pão às 6 horas da tarde,
que vai lá fora, que aponta lápis,
que vê a uva etc. etc.
Perdoai
Mas eu preciso ser Outros.
Eu penso renovar o homem usando borboletas.
Manoel de Barros
Nossa, estava imersa nisso essa semana. Assisti a uma entrevista com o Cortella e ele mencionava esse poema, ilustrando o assunto do qual tratava.
ResponderExcluirSei que é de tanto olhar pra dentro que quero ser tantos outros. Clarice Lispector consegue passar bem isso em "A Hora da Estrela"...
Engraçado, quase coloquei esse mesmo poema no meu Blog essa semana, de tanto que ele me tocou nesse momento da vida.
Beijo.
O M. Barros é fantástico, tão simples que deixa a gente perplexo. Beijão querida.
ResponderExcluirEsse tu sabes que é o meu favorito, Paulinho! Esse poema é a epígrafe da minha dissertação...Grande abraço!
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