terça-feira, 14 de junho de 2011

EXPLICAÇÃO PSICANALÍTICA SOBRE A NECESSIDADE DE UMA MULHER SABER COZINHAR (E QUE, EM SABENDO, O FAÇA COM FREQUENCIA)

O menino, logo que nasce, se alimenta pela teta da mãe (Ah, pára!?...). É a figura da mãe que fica marcada como fonte de sobrevivência nas bases psíquicas relacionais-afetivas-desejantes-sexuais do xiruzito. Afinal, sexo é vida e a vida só vem e se mantém com alimento...(Ah, pára!...).

Com a menina acontece o mesmo, mas a atração íntima e misteriosa que existe entre os opostos, a leva a desejar a diferença que só pode ser encontrada no pai (se você acha que os opostos não se atraem, pare de ler).  Querendo o pai, a menina enfraquece a natural relação de atração entre o desejo e o alimento-como-energia. Como se a menina tivesse uma sorte natural de desejar um objeto (o pai) e alimentar-se de outro (a mãe).

Essa “vontade pelo diferente”, que mora sempre no pátio mais amplo da nossa consciência, se dá para a satisfação do antigo mito do universal, do andrógino, da completude, de Deus, do Eterno, e do que mais se quiser que seja paradoxal e imutável. O desejo, para que seja
satisfeito, requer a energia do alimento. Eu, por exemplo, quando vou trepar sem ter me alimentado direito, consigo dar uma só (e quando me alimento direito, também).

Se isso por um lado “salva” as meninas, por outro, condena os meninos, que desejam e alimentam-se do mesmo objeto. Para as meninas, essa partição ameniza o fluxo de energia psíquica que é atraído por esses dois grandes canais que são o instinto de sobrevivência, que sobrevém pela “vontade individual de autopreservação”, e o instinto de preservação da espécie, que sobrevém pela vontade coletiva de eternidade, que deveras se trata de um egoísmo do mais filho da puta que há. É como se a ontogênese a e filogênese sugassem o maior fluxo de energia e força psíquica que carregamos na bagagem (qual bagagem? Aí eu já não sei ao certo...)

Essa harmonia natural do bicho mulher é roubada do bicho homem pela natureza, que nesse caso é uma baita filha da puta. Para o menino, desde cedo e sempre - que são momentos gêmeos - a fonte primordial é confundida com o inseguro terreno do desejo. E é justamente a possibilidade de uma experiência inconsciente de perda da fonte de energia vital, que em geral se dá por meio do autodescontrole gerador de uma tórrida insegurança pela incapacidade de abastecer os dias, de manter a esperança da potencialidade de ser e de dar capacidade para a linguagem do choro, que faz o homem querer recuperar um pouco disso na mulher que escolhe pra chamar de sua, sem querer se tornar dono dela, obviamente, porque isso já é demodê. Será que dá pra vocês continuarem cozinhando e nós trocandos os pneus? Pelo menos na maioria das vezes. Se acharem que trocar pneu é uma vez na vida e outra na morte e que comer é uma obrigação diária, fodam-se!

Resumindo, por isso é que os homens gostam muito de mulheres que sabem cozinhar. Ou dessas que passam na padaria e compram o café da manhã pra gente.

ps. esqueça amigo! mulher gostosa como a da foto não cozinha nem aqui nem no Japão desolado pelo terremoto.

4 comentários:

  1. Caro Hermes!
    Confesso que entendi pouco sobre sua explicação, mas como um bom amigo eu concordo.
    Essa sua explicação do Complexo de Édipo masculino e a diferença do feminino foi profundíssima.
    Abraço!!

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  2. Ele tem razão, é isto mesmo que acontece!
    Abraços!

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  3. Olha Vito, eu também entendi pouco, afinal, o momento é de desentender mesmo, carta coringa, do início e do fim do ciclo.

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  4. Valeu n.juli. Ainda acho legal ter razão. abração

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