terça-feira, 21 de junho de 2011

CNJ: como sua a bunda no verão!



- Meritíssima do RJ, vou mandar esse palhaço do demônio assustar a Senhora durante à noite, mas é pro seu próprio bem, acredite. Se a Senhora não estiver de pijaminha bege, ele vai puxar seus pés também! - 

O pessoal do CNJ, esse Conselho preocupado com a Justiça aqui no Brasil, está discutindo sobre a obrigatoriedade do terno e da gravata nas salas de audiência do país. Isso porque uma juíza ortodoxa - que não sua (do verbo suar) a bunda nem o sovaco porque quando sai da sala de audiências com ar condicionado, entra no gabinete com ar condicionado, depois no carro com ar condicionado e, de noite, dá a bunda sem suor para o marido na suíte com split programado pra desligar à 1:00 da madrugada, que é quando o marido dela já gozou e que, pela programação, evita um congestionamento das vias aéres da magistrada já que esses splits deixam o ar seco demais - cancelou uma audiência porque um advogado não estava de terno e gravata.

Lá no Rio - imagino - o verão é de renguiar cusco, tal qual faz o frio no Rio Grande do extremo sul. Lembro ao CNJ que no verão brasileiro insuportável de todos os lugares, o saco aumenta (o que é um incomodo pra quem usa terno, já que dá uma sensação de que existe uma gravata atarrachada nas bolas da gente), o sovaco sua demais e só existe vontade de virar vagabundo e ir pra Itapuã, sentar numa cadeira de vime, mandar tudo à merda, beber capirinha e participar de misticismos do canbomblé da Bahia, igual fez o Vinícius de Morais, que não era muito de usar terno.

Eu já decidi: vou comprar um terno vermelho com mangas coloridas e uma gravata do chapeleiro maluco. Assim, fico adequado. Mas é provável que, ainda assim, eu seja simbolicamente enforcado em praça pública, com o delírio dos ortodoxos e o gozo interno dos homens de bem.

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