As metas estão nos matando.
Mataremos as metas ou elas a nós?
Demos de marcha ré meus caros convivas!
Meia volta, volver!
Demos de marcha ré meus caros convivas!
Meia volta, volver!
Mas sem marchar que isso é coisa dos militares filhos da puta.
Filhos da puta escondidos sob o manto sagrado da disciplina.
Mas se até Jesus,
que pelo que consta nos anais da história foi mesmo gente,
se até (E-ou-e?)le foi um indisciplinado,
porque deveriam os militares ocupar o lugar da verdade sob a falsa chancela da ordem?
Demos de marcha ré,
Demos de marcha ré,
mas só se quisermos mesmo viver.
Vejo vendedores fantasmagóricos.
Vendendo à gentes-fantasma.
Vendem um nada para um ninguém.
Mas se vendem, vendem mais 1,
Que somado a mais outro,
Amontoam-se com uma pouca meia dúzia de poucos,
Vejo vendedores fantasmagóricos.
Vendendo à gentes-fantasma.
Vendem um nada para um ninguém.
Mas se vendem, vendem mais 1,
Que somado a mais outro,
Amontoam-se com uma pouca meia dúzia de poucos,
(que quase sempre são pobres e chatos além da conta),
(se é que me entendem).
Poucos mesmo, lá um que outro,
Poucos mesmo, lá um que outro,
e olhe lá...
Alguém com capacidade de vender
nasce pra oprimir alguém sem capacidade de vender.
Alguém com capacidade de vender
nasce pra oprimir alguém sem capacidade de vender.
A verdade é vender.
E nos neutralizamos?
Ah, não sejamos bestas ambulantes,
pensando que ainda respeitam-se os papéis.
RECHAÇAM-SE os papéis!
E quando falo papéis quero dizer DESTINO.
Sou da corja de verdugos.
Sou aquele que não pôde.
E todos ficamos de papéis trocados,
assim duplicados,
certos apenas de um talvez,
que é o que, talvez, poderíamos não ser.
Ah, não sejamos bestas ambulantes,
pensando que ainda respeitam-se os papéis.
RECHAÇAM-SE os papéis!
E quando falo papéis quero dizer DESTINO.
Sou da corja de verdugos.
Sou aquele que não pôde.
E todos ficamos de papéis trocados,
assim duplicados,
certos apenas de um talvez,
que é o que, talvez, poderíamos não ser.
A tortura está virando gente grande, evoluindo,
enfiando o instrumento de metal quente nas nossas feridas mais invisíveis.
Estamos sendo apedrejados,
como se as pedras tivessem a leveza de uma flor.
E gritamos com sorrisos, tentando vender tudo quanto é porcaria.
Gritar com sorrisos, já pensaram nisso?
Forte, intenso e incrivelmente verdadeiro.
ResponderExcluirOlha, tchê! Não fosse a tropicada que destes falando de Jesus ser indisciplinado (embora é o que transpareça), assinaria em baixo o texto.
ResponderExcluirFaltas a parte, sou de acordo com o restante. Metas são necessárias (disso não há dúvida), mas reflitamos juntos:
1.O que são metas?
2. Seria a meta (objetivo) se corrompido e se aliado a META (de metafísica), tornando-se algo inalcançável?
Tal tema certamente rende alguma boa conversa.
Grande abraço!
Grande Filipe! Tche, a literalidade não é (ou nao poderia ser) a lente pela qual se deve ler as poesias. De qualquer modo, quando chamei Jesus de indisciplinado quis chama-lo de, no mínimo, corajoso. O que teve coragem de subverter. E que deu a vida. Tantos outros fizeram o mesmo, por não estarem adequados à "disciplina" do meio em que viveram.
ResponderExcluirAs perguntas, melhor com uma cerveja gelada mesmo.
Abraço meu amigo