É preciso decretar a inaptidão dos sentimentos ante os devires da vida. Sentir é um equilibrar-se incessante, é correr cansado atrás das mil faces de tudo. Sentir é um copo que, no ar, ainda não se espatifou no chão. Sentir é o trono da incerteza, é o amargo deste tipo de vitória humana a que chamamos "amor".
As ficções não existem, são manobras contra a falta de memória.
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Um homem passa a se sentir um homem quando consegue se identificar com o próprio pai. Quando somos pequenos, queremos ser tão grandes quanto. Quando somos fracos, queremos ter a mesma força. Quando somos frágeis, queremos ser resistentes com a mesma indiferença a todas as dores e frios e chuvas. Enquanto somos alimentados, sonhamos com poder alimentar. Enquanto sentimos que a vida é maior das angústias, desejamos a serenidade de contemplar a vida da varanda calma da velhice. É desse jeito que passamos a vida a tentar alcançar este pai, imaginário ou não, que, de um jeito ou de outro, sempre vai à frente, imortal que é.
Um homem passa a se sentir um homem quando consegue se identificar com o próprio pai. Quando somos pequenos, queremos ser tão grandes quanto. Quando somos fracos, queremos ter a mesma força. Quando somos frágeis, queremos ser resistentes com a mesma indiferença a todas as dores e frios e chuvas. Enquanto somos alimentados, sonhamos com poder alimentar. Enquanto sentimos que a vida é maior das angústias, desejamos a serenidade de contemplar a vida da varanda calma da velhice. É desse jeito que passamos a vida a tentar alcançar este pai, imaginário ou não, que, de um jeito ou de outro, sempre vai à frente, imortal que é.
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