terça-feira, 15 de outubro de 2013

escute-me




Estamos ligados um no outro.
Tenho provas improváveis.
A ciência não poderá dizer.
Nem nada poderá dizer.
Dizer o quê, quando a coisa já está dita?
Não se pode ver, mas acontece:
em todos os lugares e em nenhum lugar ao mesmo tempo.
As coincidências pululam e pulam.
E gemem em eco.
As recorrências também.
As novas incidências do mesmo, somadas às diferenças do múltiplo.
A diferença acontecendo dentro da repetição.
E eu ai dentro -
do teu banho,
da tua coberta,
da tua vida,
do teu corpo.
Morando ai em ti,
como se tivesse mudado pra um flat beira-mar.
Com rede na sacada.
E música boa.
Ganhando um assopro de vida sem fazer mal pra ninguém.
Feliz com a potência da coisa.
Olhando tudo de olhos fechados.

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