Temos que ler demais, saber demais, ter demais. Bastante equilíbrio. Bastante foco. Bastante planejamento. Produção, prudência, provocar sem torrar a paciência alheia. Autocontrole. Autoconhecimento. Automóveis. Economizar e viajar. Amar e trabalhar.
Cuidar de si sem esquecer dos outros. Se reconhecer no outro, essa grande porcaria que os psicólogos falam cheios de razão. Recolher-se no mato dos mosquitos e adequar-se ao ruído da cidade que fede e está cheia de asfalto. Manter o cérebro ligado, o corpo são, a mente stand by: tudo ao mesmo tempo.
Importar-se, mas assim meio indiferente. No fundo no fundo o destino já comeu o cú da vida, e por trás, e sem ela ver, e dormindo, e sem cuspe, e a liberdade é só um imã de geladeira. Aprender uma língua nova, falando bem, antes, a que aprendemos primeiro, e usando a língua nos finais de semana, e também durante a semana. Lamber e ser lambido. Sorvete e bucetas. Cultura, o mundo antes do pecado original, natureza intacta, tudo no mesmo saco. Saco de lixo biodegradável e sacolinhas plásticas de mercado que voltam para o inferno depois de 100 anos de espera. As sacolas de plástico venceram o homem. O homem não é todos em 1, e também as mulheres. Os homens e as mulheres morreram e existem "estilos". Todos são de um jeito, e vão querer dizer e mostrar. É o ponto narcísico de depois do espelho.
O porteiro e os intelectuais. Os intelectuais sabem tudo depois que leem Kakfa, psicanálise, Clarice Lispector, e acabam não sabendo apenas porque QUEREM saber. Querer é a fonte de todo engano. Os franceses falando com todo aquele charme, comendo pão baguete, macdonalds e yoakissoba. A dor para sempre revelará as portas do fundo que levam até o jardim e que convivem, mansas, com as portas da frente que permitem ir embora.
Ser da pele para dentro mas dominar TODA a natureza sem fazer com que ela morra. Cuidar da comunidade, sem esquecer dos goles do ego. Latir e meditar. Escutar mais e sempre, falando as vezes. Falar, falar, falar. É esse ter que dizer da vida que torna ela um excesso de todas as coisas. Seríamos mais pássaro sem qualquer vocabulário, e os pássaros estão lá, voando, e rindo das nossas caras sérias. Escrever é escrever sempre e até quando não se está na frente do teclado ou com a caneta enfiada nos dedos como um pau que não para de ejacular. Escrever com lentidão e rapidez, pra controlar o orgasmo. Assoprar a poeira das letras e expor uma peça feita, e também mostrar o vômito indigesto de cada palavra que se une a outras venenosamente, brutas e selvagens e quentes como sangue. Um dar o pescoço e ser vampiro.
Colocar fogo nas cinzas depois de um incêndio assassino. Estar com o mundo na tela e nada ao redor. E as golas das camisas? ...estão em transe, são de um jeito x, y, z, beta, gama, alfa, e mais a puta que pariu. Marx acertou. Os liberais acertaram. Os economistas e seus pitacos de merda acertaram. A nova era espera e os retrôs acreditam no pirulito da infância.
O homem do tempo e sua margem de segurança de 15 graus pra acertar sempre. Os riscos calculados como um computador que elabora a melhor jogada de xadrez na frente do humano orangotango. É preciso concentrar cérebros dentro de um computador e preservar a "individualidade". A saúde é global, barba, bigode e costeleta, mas os médicos são especialistas na especialidade. Corpo, alma, espírito de porco.
Os sistemas são os culpados e os psiquiatras dizem que temos que lidar com a própria culpa. Deus quis assim, mas os ateus assaram Deus. E comeram o coitado como um churrasco de final de ano, com presentes e chopp e tudo mais. Nas entrevistas de emprego todos têm o mesmo defeito, fazem e dão o melhor e nunca estarão mal humorados. Em casa todos são assassinos, cruéis, filhos da puta por completo.
As putas amam os filhos. As senhoras que vão no mercado e fazem reiki e assistem a novela também. O avião é um ônibus sem rodas. Os ricos preferem ficar em casa porque os aeroportos já são alguma coisa old fashion, enquanto os pobres tiram fotos de todos os lugares e revelam e mostram o álbum para os colegas de trabalho. Há uma roda de choro, e há um blues americano. E talvez haja o silêncio.
O constrangimento rebelou-se, o despudor só quis gozar rápido pra poder dormir, a paciência virou santa. Até os santos têm medo de que suas varinhas estejam broxas e precisando de uma injeção de viagra etéreo. 2000 mil músicas por um LP.
Retroceder a vida para apressá-la. Um abraço imenso transportado e escoltado pela patrulha das estradas que cobram pedágio e que vão avisando que o negócio ocupa quase duas pistas pra passar. A overdose quase morreu, mas passa bem.
"garçom, 39 doses de tempo, com bastante gelo...e peça pra que ela mostre mais."
Cuidar de si sem esquecer dos outros. Se reconhecer no outro, essa grande porcaria que os psicólogos falam cheios de razão. Recolher-se no mato dos mosquitos e adequar-se ao ruído da cidade que fede e está cheia de asfalto. Manter o cérebro ligado, o corpo são, a mente stand by: tudo ao mesmo tempo.
Importar-se, mas assim meio indiferente. No fundo no fundo o destino já comeu o cú da vida, e por trás, e sem ela ver, e dormindo, e sem cuspe, e a liberdade é só um imã de geladeira. Aprender uma língua nova, falando bem, antes, a que aprendemos primeiro, e usando a língua nos finais de semana, e também durante a semana. Lamber e ser lambido. Sorvete e bucetas. Cultura, o mundo antes do pecado original, natureza intacta, tudo no mesmo saco. Saco de lixo biodegradável e sacolinhas plásticas de mercado que voltam para o inferno depois de 100 anos de espera. As sacolas de plástico venceram o homem. O homem não é todos em 1, e também as mulheres. Os homens e as mulheres morreram e existem "estilos". Todos são de um jeito, e vão querer dizer e mostrar. É o ponto narcísico de depois do espelho.
O porteiro e os intelectuais. Os intelectuais sabem tudo depois que leem Kakfa, psicanálise, Clarice Lispector, e acabam não sabendo apenas porque QUEREM saber. Querer é a fonte de todo engano. Os franceses falando com todo aquele charme, comendo pão baguete, macdonalds e yoakissoba. A dor para sempre revelará as portas do fundo que levam até o jardim e que convivem, mansas, com as portas da frente que permitem ir embora.
Ser da pele para dentro mas dominar TODA a natureza sem fazer com que ela morra. Cuidar da comunidade, sem esquecer dos goles do ego. Latir e meditar. Escutar mais e sempre, falando as vezes. Falar, falar, falar. É esse ter que dizer da vida que torna ela um excesso de todas as coisas. Seríamos mais pássaro sem qualquer vocabulário, e os pássaros estão lá, voando, e rindo das nossas caras sérias. Escrever é escrever sempre e até quando não se está na frente do teclado ou com a caneta enfiada nos dedos como um pau que não para de ejacular. Escrever com lentidão e rapidez, pra controlar o orgasmo. Assoprar a poeira das letras e expor uma peça feita, e também mostrar o vômito indigesto de cada palavra que se une a outras venenosamente, brutas e selvagens e quentes como sangue. Um dar o pescoço e ser vampiro.
Colocar fogo nas cinzas depois de um incêndio assassino. Estar com o mundo na tela e nada ao redor. E as golas das camisas? ...estão em transe, são de um jeito x, y, z, beta, gama, alfa, e mais a puta que pariu. Marx acertou. Os liberais acertaram. Os economistas e seus pitacos de merda acertaram. A nova era espera e os retrôs acreditam no pirulito da infância.
O homem do tempo e sua margem de segurança de 15 graus pra acertar sempre. Os riscos calculados como um computador que elabora a melhor jogada de xadrez na frente do humano orangotango. É preciso concentrar cérebros dentro de um computador e preservar a "individualidade". A saúde é global, barba, bigode e costeleta, mas os médicos são especialistas na especialidade. Corpo, alma, espírito de porco.
Os sistemas são os culpados e os psiquiatras dizem que temos que lidar com a própria culpa. Deus quis assim, mas os ateus assaram Deus. E comeram o coitado como um churrasco de final de ano, com presentes e chopp e tudo mais. Nas entrevistas de emprego todos têm o mesmo defeito, fazem e dão o melhor e nunca estarão mal humorados. Em casa todos são assassinos, cruéis, filhos da puta por completo.
As putas amam os filhos. As senhoras que vão no mercado e fazem reiki e assistem a novela também. O avião é um ônibus sem rodas. Os ricos preferem ficar em casa porque os aeroportos já são alguma coisa old fashion, enquanto os pobres tiram fotos de todos os lugares e revelam e mostram o álbum para os colegas de trabalho. Há uma roda de choro, e há um blues americano. E talvez haja o silêncio.
O constrangimento rebelou-se, o despudor só quis gozar rápido pra poder dormir, a paciência virou santa. Até os santos têm medo de que suas varinhas estejam broxas e precisando de uma injeção de viagra etéreo. 2000 mil músicas por um LP.
Retroceder a vida para apressá-la. Um abraço imenso transportado e escoltado pela patrulha das estradas que cobram pedágio e que vão avisando que o negócio ocupa quase duas pistas pra passar. A overdose quase morreu, mas passa bem.
"garçom, 39 doses de tempo, com bastante gelo...e peça pra que ela mostre mais."
"A overdose quase morreu, mas passa bem."
ResponderExcluirAmei!!!!
Parabéns
brigado Otávio, abração!
ResponderExcluirTu sempre me surpreendendo ...Adorei :D
ResponderExcluirhttp://www.jung-rj.com.br/artigos/gnose.htm
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