ENTRESCREVER
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Elogio à escrita
ENTRESCREVER
domingo, 29 de agosto de 2010
Discurso de Steve Jobs na Universidade de Stanford
Aulas terapêuticas têm o objetivo de auxiliar os alunos para que encontrem seus personalíssimos caminhos. A porta por excelência que abre esses caminhos é a indagação. Quando se inicia um curso de graduação, é a indagação que deve prevalecer nos primeiros momentos de natural estranhamento com o mundo que se descortina. Porque fazer o curso que escolhi fazer? Na nossa aldeia tribal-urbana, em que continuam os médicos e bacharéis (e outros "doutores") como detentores dos lugares privilegiados na torre de Babel da "nobreza" (beeeeeem entre aspas), devem todos estar atentos para os caminhos do coração, como já disse Goethe, que podem (e apenas podem) ser diferentes daqueles indicados por nossos pais, por nosso meio e por todo o resto que nos circunda.
Também não se pode ser simplesmente ácido a ponto de não perceber a boa intenção de quem nos indica caminhos, já que a intenção, apesar de ingênua, é fidalga. Como é penoso fazer outros perceberem que o que lhes é caro na vida não é o que é caro para todos! O velho filme Sociedade dos Poetas Mortos representa isso que quero dizer, quando o rapaz que queria fazer teatro, sufocado pelas imposições do pai de ser um "doutor" reconhecido, mete um tiro na própria cabeça em busca da liberdade que não teve pela "boas intenções" do pai que, por certo, queria realizar seus projetos frustrados por intermédio do filho. Autenticar dogmas é preciso. E é isso, apesar da quase vitimização do S. Jobs, que o vídeo enviado pela Ana Sefrin mostra.
sábado, 28 de agosto de 2010
entreblogs: o sorriso da Monalisa
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Adestrar o monstro
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Perguntinha filha da puta
domingo, 22 de agosto de 2010
Caminho das bocas
A voz quando pausa
deixa um perfume no ar.
E por incompreensível causa,
enleios de beijo ocupam o lugar.
Mas não o toque das bocas,
senão o ainda não-beijo,
essa sim situação como poucas,
entre tantas, tão raras a se estar.
A invisível ruela até o lábio
cerca-se de jardins de cores.
que sabem confundir seus odores.
E que se sabem nas bocas em quase
a lançar no silêncio em pedido
que o desejo não extravase,
e se possa eternizar em cheiro
o dileto silêncio detido.
O poeta rasgador de guarda chuva
sábado, 21 de agosto de 2010
Tabacarias
Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
(Fernando Pessoa)
TABACARIA EXISTENCIALISTA
Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sentimentos do mundo.
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Barulhinho bom
Sem caber de imaginar,
até o fim raiar!
plim plim, plim plim-plim, plim plim, pirilimpimpim.
Filosofia do chiclete: dialogando com Luiza
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Inter campeão e a felicidade nostálgica
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Platão e a unidade no amor
Tomado de compaixão, Zeus consegue outro expediente, e lhes muda o sexo para frente – pois até então eles o tinham para fora, e geravam e reproduziam não um no outro, mas na terra [...] É então de há tempo que o amor de um pelo outro está implantado nos homens, restaurador da nossa antiga natureza, em sua tentativa de fazer um só de dois e de curar a natureza humana.
Platão, O Banquete
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
O Direito no País das Maravilhas - Última parte
Tal qual Capra, que fala de uma cultura nascente e vaticina o equilíbrio entre os opostos culturais e psíquicos, entende-se que, no Direito, movimentos como o Direito alternativo , o Direito Achado na Rua e as inovações da resolução n. 9 do CNJ com o horizonte de humanizar o julgador, ainda que incipientes pela desatenção à autoridade constitucional e pela provável dogmatização das disciplinas propedêuticas nos certames para magistratura, são vagos prelúdios que confirmam, no âmbito jurídico, os prenúncios de Capra e a sensibilidade tão reclamada por Warat. Na mesma linha – porém com mais chance de êxito – estão as novas propostas de descentralização e desburocratização do poder jurisdicional por meio da mediação.
A resposta que o surrealismo dá ao Direito com a mediação é, em verdade, uma reticência amorosa, que só pode ser alcançada por meio da recuperação das forças de yin na cultura ocidental. Se entregar à mediação é não querer vencer, de lado a lado, mas aparar contundências. O novo Direito que emerge da mediação tem como condição um novo homem, afinal, para que a colheita seja abundante, antes de revolucionar a terra, é preciso estar atento à saúde da semente...Esse novo indivíduo pertencente à sociedade deve permitir a abertura das cancelas que guardam seus territórios subterrâneos e inconscientes, copiando o desapego e a coragem de Alice.
ÚLTIMAS ANOTAÇÕES
A verdadeira democracia, diz Warat, é o direito de sonhar o que se quer. Para tanto, vencer a centralidade egóica, permitindo que os desejos coletivos se constituam como expressão da fraternidade, é também tarefa essencial para que se tenha na mediação um passo inicial de superação do Direito patriarcalizado instituído que já não se amolda aos reclamos da atual sociedade da angústia.
O Chapeleiro é um personagem onírico que acontece nos sonhos de Alice [...] A partir destes lugares-personagens posso pensar a des-ordem, o Caos, a ausência de um sistema de ordenamentos que estabelecem “sentido” para os habitantes do mundo sublunar, marcado pelo tempo histórico. Mas, alguns destes habitantes percebem fissuras nestas densidades espaço-temporais, nestas densidades institucionais produzidas para ancorar os animais pensantes que somos. Tais fissuras, tais brechas, negam o totalitarismo das práticas discursivas absolutas; e assim, produzem outras densidades, sutis e plenas de novos sentidos, que por sua vez libertam as subjetividades aprisionadas nos “corpos desaparecidos” [...] A modernidade produziu estrategicamente instituições, instituídas de tal forma como se existissem desde sempre [...] O instituído é o Leviatã que a todos pretende submeter através dos signos postos como significante únicos produtores das máquinas racionais educativas. A nós cabe o permanente deslocamento, o estado do nomadismo, errantes de muitos lugares, errantes em um mesmo lugar, onde o instituinte não nos alcance, ali onde o Chapeleiro Maluco se movimenta, no Caos. Des-velar, retirar os véus que encobrem os lugares eruditos das falas dos mortos.
Diga você leitor, que pode estar achando esse texto uma insanidade, uma grande loucura, você está ai pensando eu bem sei, pensando nesse absurdo todo. Pensando que o surrealismo para o Direito é apenas uma vã tentativa de buscar poesia e algum lirismo em lugares em que tudo isso não existe. Que isso é como a charada sem solução que o Chapeleiro Maluco faz à Alice quando a interroga: “Por que um corvo se parece com uma escrivaninha?”... Repito que para nós surrealistas, o absurdo não é soldado do exército do mal. E é esse “estado do absurdo” que quero dar-lhe de presente. É esse “estado do absurdo” que necessita, de você paciente leitor que conseguiu chegar até aqui, o universo que o cerca. Então diga ai leitor incomodado, do alto do seu “estado de absurdo”, qual a sua compreensão do mundo que todos nós necessitamos?!
sábado, 14 de agosto de 2010
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Poema de e para hoje, mas apenas para hoje
Não: não quero nada.
Já disse que não quero nada.
Não me venham com conclusões!
A única conclusão é morrer.
Não me tragam estéticas!
Não me falem em moral!
Tirem-me daqui a metafisica!
Não me apregoem sistemas completos, não me enfileirem conquistas
Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!)
Das ciências, das artes, da civilização moderna!
Que mal fiz eu aos deuses todos?
Se têm a verdade, guardem-na!
Sou um técnico, mas tenho técnica só dentro da técnica.
Fora disso sou doido, com todo o direito a sê-lo.
Com todo o direito a sê-lo, ouviram?
Não me macem, por amor de Deus!
Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável?
Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa?
Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade.
Assim, como sou, tenham paciência!
Vão para o diabo sem mim,
Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!
Para que havemos de ir juntos?
Não me peguem no braço!
Não gosto que me peguem no braço. Quero ser sozinho.
Já disse que sou sozinho!
Ah, que maçada quererem que eu seja de companhia!
Ó céu azul o mesmo da minha infância ,
Eterna verdade vazia e perfeita!
Ó macio Tejo ancestral e mudo,
Pequena verdade onde o céu se reflecte!
Ó mágoa revisitada, Lisboa de outrora de hoje!
Nada me dais, nada me tirais, nada sois que eu me sinta.
Deixem-me em paz! Não tardo, que eu nunca tardo...
E enquanto tarda o Abismo e o Silêncio quero estar sozinho!
Casa Caio Fernando Abreu
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Alunos da FURB: atenção!
domingo, 8 de agosto de 2010
O Direito no País das Maravilhas* - Parte 5
Para que se possa aproximar à idealização de Warat, que pretendia trocar os fantasmas do Direito pelas suas fantasias, é necessário compreender que o Direito codificado da modernidade nasce da mente do sujeito “ainda sem inconsciente”, ou melhor, ainda incapaz de percebê-lo. Quando a modernidade declara que a razão é a essência do homem, revela um estado fragmentado, uma não essencialidade suplantada pela monarquia do reino da lógica. As poeiras do inconsciente, a franja de significações pressupostas, o mundo por trás do espelho (que sempre nos cega diante da obviedade narcísica da autoimagem); tudo isso é esquecido na produção do Direito moderno que ainda hoje tanto deixa rastros.
Outra categoria de Freud que foi revista por Jung foram os complexos. Desmentindo o caráter patológico dado por Freud, Jung os considera como unidades funcionais de energia psíquica, presentes no inconsciente pessoal-biológico. Apropriando-se da noção freudiana dos pares de opostos, Jung afirma anima e animus como dois dos principais complexos presentes na natureza da psique. Desse modo, anima representaria a parte feminina oculta no inconsciente dos homens e animus a parte masculina oculta no inconsciente das mulheres.
Além disso, a ideia do homem como dominador da natureza e da mulher, e a crença no papel superior da mente racional, se apoiaram na tradição judaico-cristã, que adere à imagem de um Deus masculino, personificação da razão suprema e fonte do poder único, que governa o mundo do alto e impõe sua lei divina. O progresso da civilização ocidental se deu, pois, pelo predomínio da intelectualidade e da racionalidade, sendo que, atualmente, essa evolução unilateral atingiu um estágio alarmante. Incapacidade de manutenção de um ecossistema saudável, dificuldade na administração das cidades, falta de recursos para uma adequada assistência à saúde, educação e transportes públicos, riscos da ciência médica e farmacológica e – acrescente-se – o sistema caótico e burocratizado do Estado e particularmente do Poder Judiciário, um Poder paquidérmico, caro, oneroso, devolvido a sua grande missão: garantir os contratos sinalagmáticos e a propriedade privada, em nome da confiabilidade no mercado internacional, como assinala Morais da Rosa; são alguns dos resultados da exagerada ênfase dada à polaridade yang (masculino) na nossa cultura.
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Alan Pauls
Entrevista com o escritor argentino Alan Pauls que fala sobre linguagem, amor e esquecimento. Quem considera o diálogo como cenário amoroso e o amor como uma patologia alienante é, por essas poucas razões, paradoxal e interessantíssimo, como só os paradoxais podem ser. E profundo, não há dúvida. Dias atrás ele participou de uma outra entrevista na Globo News em que falava dos entremeios da sua novela A História do Pranto. É um escritor "lado B" da turma dos contemporâneos latinoamericanos. Escreveu também O Passado, que foi adaptado por Babenco ao cinema. Fica a dica!
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Sentir frio e sentir quem sente frio
Em um dos mais bem sacados esquetes da TV PIRATA (indiscutivelmente o mais genial programa humorístico da televisão brasileira em todos os tempos – os mais veteranos que nem eu vão lembrar), repleto de ironia non-sense, Diogo Vilela interpretava um pedinte que atacava na calçada uma mulher – vivida por Regina Casé – e lhe pedia uns trocados para comprar cachaça (veja aqui - a partir dos 2 min. e 20 seg de vídeo).
“Que nada, eu sei que você vai é encher essa cara de PÃO“, dizia ela. “Não moça, eu juro que vou tomar uma cachaça“, retrucava ele. “Pensa que eu não sei que tu vai é encher essa cara de pão, seu safado“, sentenciava ela, sem dar o dinheiro e deixando-o sozinho em cena, conferindo seu próprio bafo.
Vagando pela NIGHT de Passo Fundo certa vez, TROMBO com uma figura que, sorrindo, me estende a mão querendo cumprimento. Sorrio de volta, mais por surpresa do que por ver alguém que, definitivamente, não é um conhecido.
A fera exibe sua CARTA DE APRESENTAÇÕES da seguinte maneira:
“Fala chefe! Passeando? Curtindo a noite, então? Beleza. Seguinte meu MEU DIRETOR, eu sou EX-PRESIDIÁRIO, cumpri uma cana aí por causa de UNS HOMICÍDIOS (sic.) e estou tentando aí ganhar a vida de novo. Estou meio DURO, chefia e queria saber se o senhor não me adiantava uns trocadinhos, QUALQUER CENTAVO aí…”
O que me chamou a atenção foi o que ele disse logo em seguida:
“..olha só, NÃO É PRA COMPRAR DROGA não, é só para eu TOMAR UMA CACHAÇA mesmo…”
Um pouco ENGOLFADO pelo senso comum no quesito ao longo de boa parte da minha aventura na terra, costumava praguejar que o ideal estaria em dar COMIDA ou algum OUTRO tipo de ajuda aos “necessitados”, eis que dar dinheiro, pura e simplesmente, era um passe na medida para que a pinta fosse correndo comprar loló.
Pois bem: e se o dinheiro for para comprar loló? Cola? Merla? Crack, enfim?
Respondo em duas palavras: MORALISMO CHINFRIM.
Se um amigo nosso pede um REFORÇO no meio da pira para arranjar uma GOTA ou uma BALA, a gente, QUANDO TEM, SE APRESENTA (e “se não tem tudo bem” – tal como na canção). Se algum ALIADO pede um MANGO no Siriú para pegar um FUMO com um parça na beira da praia, a gente empresta. Se a CONSUMA do BROTHER estourou na festinha, de tanta vodka entornada, a gente COBRE.
E o cara SUJO e FEDORENTO DA RUA: para ele a gente diz(ia): “sai fora que tu vai é FUMAR todas essas moedas, seu cretino, ao invés de comprar um café com leite”.
FODA-SE.
A situação é SÓ UMA: encaro a coisa da seguinte maneira hoje em dia – é um IRMÃO que está na (MUITO) pior. Ou você dá uma grana que estiver SOBRANDO para ele ficar um pouco menos na pior – seja de que jeito for – ou não. E pronto.
Tá a fim, colabora para o cara enfrentar a NEVE. Não tá a fim, não precisa pagar full time de Madre Teresa (mas também não XINGA, que não era).
Apertei a mão do galo e lhe estendi uns pilas em moeda que estavam dando sopa na CHARTER, e não sei se era para cachaça, para o fumo ou para a banana na quitanda. NÃO INTERESSA.
Não interessa MESMO.
Ou AJUDA ou NÃO AJUDA: esse “condicionamento” ao “gasto lícito” e ao “bom uso” da esmola é filosoficamente insustentável, a menos que o sujeito seja um asceta abstêmio Testemunha de Jeová ou um fundamentalista islâmico fanático.
Não é, mesmo, o meu caso nem o dos meus amigos e meus camaradinhas que me respeitam – pois é.
LOGICAMENTE não estimularia ninguém a fumar crack, assim como não estimulo meus amigos a fazerem uso do Chá de Fita e das demais boletas existentes. Agora: se eu vivo argumentando que quem QUER e CURTE se alucinar tem esse DIREITO, porque para o cara que me pede grana na rua eu vou REGULÁ-LO através da liberação ou não do MEU vil-metal?
Repito: a questão passa por estar a fim ou não de dar uma ERGUIDA nos CAÍDOS. Não interessa muito o fim MEDIATO disso tudo.
Até porque 100% das pessoas que pregam que “não é bom dar esmola” porque serve de “estímulo” para as pessoas “viverem” na rua não fazem absolutamente NADA nem tomam NENHUMA outra medida – por menor que seja – para mudar a situação de algum outro jeito.
Difícil é encarar que, diante do QUADRO, o MELHOR que temos a fazer, por vezes, é AJUDAR o cara a viver chapado para aturar a MERDA em que vive.
Somos bons ou maus, no fim das contas?
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Elogio ao surrealismo
ELOGIO AO SURREALISTAS
a.S/d.S = antes e depois do sexo
De que modo definir se ela está gozando? Pelo ritmo. O que é contido, sincopado, fica desgovernado ao final. Uma mulher se expulsa na hora H. Ou melhor, na hora M. Ela se derrama e a cama é escassa para recebê-la. Uma mulher quando finge continua segurando as rédeas. Uma mulher quando goza deixa ser levada pelo animal do instinto. Mas não questione nada. Se desconfiar que ela não teve arrebatamento, recomece em vez de perguntar. O orgasmo aumenta com a soma de vacilações e dificuldades. Uma mulher que demora mais para atingir o prazer será justamente a que terá maior prazer depois."
domingo, 1 de agosto de 2010
O lado da cama
Desde que o inconsciente existe, as coisas ficaram um pouco mais complexas do que sempre foram. Seja para preparar o ritual de dormir, seja simplesmente para tirar um “tatu” do nariz (se acaso for um regionalismo do sul, tatu é o que as legendas dos filmes americanos traduziriam por meleca...), fato é que desde que os psicanalistas e psicólogos invadiram o planeta Terra há sempre uma tentativa de explicação para cada movimento ou inércia das gentes. E eu aposto que o não-movimento é um prato que além de mais recorrente é mais suculento para os tradutores da alma, já que mais se ouve falar em mecanismos de defesa, obstáculos a se transpor, fixações passadas, traumas disso e daquilo, do que pessoas preocupadas em fazer do carpe diem uma filosofia de vida e chutar o balde (dizemos assim para mandar tudo às favas lá no Rio Grande, acaso se trate de novo de um regionalismo).