quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Sonho inventado
Mais homenagens aos ceguinhos do castelo
Moribundos pela geral anestesia,
não veem o olhar, nem sentem o cheiro.
O amor que se distrai e se esvazia,
é menos pele e mais dinheiro.
Em paz nos infernos meus,
percebo o estranhamento.
Essa gente não percebeu
que vai viver sem sofrimento?!
E a luz que em mim acender,
há de queimar alguma consciência.
Pois o óbvio quer aprender,
que já se grita o fim da decência.
É crueza de porco ora carneado.
E o devoro sem perdão.
Sadio em meus carnudos estados,
opto pela aproximação.
As cordilheiras tortuosas,
a alongar os caminhos teus,
darão flores bem viçosas
para quem inconformar como eu.
E o brilho que crês ser belo,
seguirá contigo até que jaza.
Inconsciente no teu castelo,
escravo da tua alma,
ceguinho na própria casa.
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Macabéa e a simplicidade ou Manifesto contra a cegueira (III)
Mas Lispector é quase uma alma coletiva. Transita entre nossas cabeças para contar tudo aquilo que havíamos cogitado e que morreu no meio da ponte que une nossa consciência e nossa linguagem. A diferença dela é ter a coragem e a destreza que não tivemos para contar as conjunturas do nosso imaginário diabólico, que era o dela também. Os aparentes absurdos que pensamos e que pensam todos (muitas vezes sem sabê-lo), são quase sempre tolhidos pelos sindicatos, associações e outras instituições da mediocridade, afinal estão sempre em maior número e por isso assustam mesmo em tempos pós-censura. Isso não pressupõe não sentir dor por ser diferente. As linhas de Lispector quase sangram com sua própria dor. A sua dor que é a dor de Macabéa, sua personagem que, de tão sua, parece ser ela própria.
Não vou enredar a história pois vale a pena tirar impressões individuais. É mais um bom livrinho pra ler no banheiro. Mas esse pequeno manifesto da simplicidade muito ensina sobre possibilidades de viver (ou de não viver) no mundo de hoje. E lembro que a própria Lispector, em uma dada altura da vida chegou a dizer que tinha perdido o jeito de ser gente, o que, de fato, pode ter sido um grande antimarketing pessoal. De qualquer forma essa é uma possibilidade das almas geniosas. Provavelmente não quisera ela se tornar um ícone da literatura, queria apenas escrever suas dores enquanto todos agem para renunciar sempre suas próprias pulsões. Deixar de lado o animal do animal racional que somos como diz sempre o querido Warat. Mas como é ser simples? A simplicidade de Macabéa era uma mistura de João Ninguém com o ceguinho do castelo com uma planta mal cuidada. À parte essa parca qualificação, tinha um grande tesouro: uma venda nos olhos. Que a fazia mais rir do que lamentar. Que fazia crer que a felicidade é mais uma daquelas coisas que mesmo sem poder enxergar, acreditamos simplesmente, exatamente como acreditamos na estrutura dos átomos sem nunca ter visto um sequer.
domingo, 27 de setembro de 2009
Melô dos ceguinhos do castelo
Blues da Piedade (Cazuza)
Agora eu vou cantar pros miseráveis
Que vagam pelo mundo derrotados
Pra essas sementes mal plantadas
Que já nascem com cara de abortadas
Pras pessoas de alma bem pequena
Remoendo pequenos problemas
Querendo sempre aquilo que não têm
Pra quem vê a luz
Mas não ilumina suas minicertezas
Vive contando dinheiro
E não muda quando é lua cheia
Pra quem não sabe amar
Fica esperando
Alguém que caiba no seu sonho
Como varizes que vão aumentando
Como insetos em volta da lâmpada
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem
Quero cantar só para as pessoas fracas
Que tão no mundo e perderam a viagem
Quero cantar o blues
Com o pastor e o bumbo na praça
Vamos pedir piedade
Pois há um incêndio sob a chuva rala
Somos iguais em desgraça
Vamos cantar o blues da piedade
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem
As portas do mundo...
Mauí, o fundador das ilhas da Polinésia, nasceu metade homem e metade deus, como Gilgamesh.
Sua metade divina obrigou o sol, que andava muito apressado, a caminhar lentamente pelo céu, e com um anzol pescou as ilhas, Nova Zelândia, Havaí, Taiti, e uma atrás da outra foi içando-as do fundo do mar e as colocou onde estão.
Mas sua metade humana o condenava à morte. Mauí sabia disso, e suas façanhas não o ajudavam a esquecer.
À procura de Hine, a deusa da morte, viajou para o mundo subterrâneo. E encontrou-a: imensa, dormindo na neblina. Parecia um templo. Seus joelhos formavam um grande arco sobre a porta escondida de seu corpo. Para conquistar a imortalidade, era preciso entrar inteiro na morte, atravessa-la toda e sair pela boca.
Diante da porta, que era um grande talho entreaberto, Mauí deixou cair sua roupa e suas armas. E entrou, nu, e deslizou, pouco a pouco, ao longo do caminho de úmida e ardente escuridão que seus passos iam abrindo nas profundezas da deusa.
Mas na metade da viagem cantaram os pássaros, e ela despertou, e sentiu Mauí escavando suas entranhas. E nunca mais o deixou sair.
sábado, 26 de setembro de 2009
Batendo um papo divino
Boa tarde...bom, na verdade nem sei se ai
o tempo tem tempos como aqui,
mas enfim...eu queria falar com Deus, ele tá?
...
Bom, vou esperar mesmo assim...
Não querendo ser chato mas já sendo,
será que Ele demora mais que 4 minutos?
Como assim porque 4 minutos?
Olha, isso é pessoal, então queria falar diretamente com Ele.
Não, não vou explicar.
Se não sabe, então vou esperar mesmo assim...
...
...
Alô! Oi...é o Senhor?
Como assim assessor...?!
Que tipo de acidente Ele sofreu? Foi sério?
Ah mas então se só bateu a bacia não foi nada demais,
por aqui geralmente as pessoas da idade Dele
quebram a bacia quando caem no banho.
Será que ele demora?
Sim, sim, sim é só com Ele...
Olha, também não me interessa se teu cargo é de confiança...
Mas do banho pelo menos Ele já saiu né?
Se secando...
Hmmm, olha amigo, já que você é o assessor,
pede se Ele pode agilizar porque tenho pouco tempo...pode ser?
Brigado viu!
...
...
Alô! Alouuuu
Schhhhhhhhhh
Alouuu? Oi...a ligação ficou ruim de repente...schhhhh
Tem um ruído né?
O Senhor me escuta?
Bom, se não entender eu repito, ok?
É o seguinte, desculpa por ligar tão pouco,
sabe como tudo é corrido por aqui né...
Ta escutando? Schhhh...ok, vou falar com calma.
Bom, pra ser mais direto,
lembrei de ligar pro Senhor porque
estava escutando um tango argentino excelente, quase mágico.
O tango tinha 4 minutos e queria falar com o Senhor
nesse meio tempo...porque enquanto o tango entrava
doce nos meus ouvidos, olhei as fotos de uma loira, daquelas que ficam maravilhosas nas fotos,
Acontece que nem conheço ela.
Ela é linda, até se parece com a Scarlet Johansson, aquela do cinema.
O senhor já viu algum filme dela?
Alouuu? O senhor entendeu o que eu disse?
Schhhhhhh...
Não entendeu?!! Olha ou o Senhor troca esse telefone ai
ou presta mais atenção quando as pessoas falam...
Não, agora não adianta repetir,
os quatro minutos do tango já passaram...
Deixa pra lá...Tchau!
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Por alheias mãos: Manifesto contra a cegueira (II)
O texto a seguir foi extraído do blog de José Saramago e compõe seu recente livro publicado no Brasil pela Companhia das Letras: O CADERNO, homônimo ao próprio blog. Ainda que todos os textos do livro se encontrem disponíveis no site, acredito que ainda não faço parte da revolucionária geração que vai trocar o papel pela luminosidade das telas. Mesmo os notebooks, por menor que sejam, tem uma série de desvantagens em relação ao velho e bom livro: não podem ser lidos confortavelmente na cama, não podem ser assinados e sublinhados a gosto e também não podem ser emprestados. Isso sem falar que não podem ser levados para o banheiro, local sempre luminoso para frutíferas leituras (os ceguinhos do castelo dirão: que horror publicizar a leitura de banheiro, completamente contra a moral e os bons costumes!!!). Aliás está ai um bom tema: as leituras de banheiro. Por razões óbvias esse texto poderia fazer parte do compêndio do Manifesto contra a cegueira e também por isso é aqui destacado.
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PURA APARÊNCIA
Suponho que no princípio dos princípios, antes de havermos inventado a fala, que é, como sabemos, a suprema criadora de incertezas, não nos atormentaria nenhuma dúvida séria sobre quem fôssemos e sobre a nossa relação pessoal e colectiva com o lugar em que nos encontrávamos. O mundo, obviamente, só podia ser o que os nossos olhos viam em cada momento, e também, como informação complementar importante, aquilo que os restantes sentidos – o ouvido, o tacto, o olfacto, o gosto – conseguissem perceber dele. Nessa hora inicial o mundo foi pura aparência e pura superfície. A matéria era simplesmente áspera ou lisa, amarga ou doce, azeda ou insípida, sonora ou silenciosa, com cheiro ou sem cheiro. Todas as coisas eram o que pareciam ser pela única razão de que não havia qualquer motivo para que parecessem doutra maneira e fossem outra coisa. Naquelas antiquíssimas épocas não nos passava pela cabeça que a matéria fosse “porosa”. Hoje, porém, embora sabedores de que, desde o último dos vírus até ao universo, não somos mais do que composições de átomos, e que no interior deles, além da massa que lhes é própria e os define, ainda sobra espaço para o vazio (o compacto absoluto não existe, tudo é penetrável), continuamos, tal como o haviam feito os nossos antepassados das cavernas, a apreender, identificar e reconhecer o mundo segundo a aparência com que de cada vez se nos apresente. Imagino que o espírito filosófico e o espírito científico deverão ter-se manifestado num dia em que alguém teve a intuição de que essa aparência, ao mesmo tempo que imagem exterior captável pela consciência e por ela utilizada como mapa de conhecimentos, podia ser, também, uma ilusão dos sentidos. Se bem que habitualmente mais referida ao mundo moral que ao mundo físico, é conhecida a expressão popular em que aquela veio a plasmar-se: “As aparências iludem”. Ou enganam, que vem a dar no mesmo. Não faltariam os exemplos se o espaço desse para tanto.
A este escrevinhador sempre o preocupou o que se esconde por trás das meras aparências, e agora não estou a falar de átomos ou de subpartículas, que, como tal, são sempre aparência de algo que se esconde. Falo, sim, de questões correntes, habituais, quotidianas, como, por exemplo, o sistema político que denominamos democracia, aquele mesmo que Churchill dizia ser o menos mau dos sistemas conhecidos. Não disse o melhor, disse o menos mau. Pelo que vamos vendo, dir-se-á que o consideramos mais que suficiente, e esse, creio, é um erro de percepção que, sem nos apercebermos, vamos pagando todos os dias. Voltarei ao assunto.
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
From delicatessen's mind...
ouro ao simbólico.
O mórbido simbólico
- que alimenta senão almas -,
mata corpos de verdade.
Mortos de fome,
crentes alimentam
o símbolo que lhes
garante comida
na incerteza da morte.
Um plágio necessário
"Permita-se.
Aposte todas as suas fichas.
Jogue alto.
...perder-se também é um caminho!"
(Clarice Lispector)
Duplamente plagiado de:
http://wunschelrute.blogspot.com/
e
http://olharamais.blogspot.com/
domingo, 20 de setembro de 2009
Quadra de um delírio
As palavras sempre ficam,
a rodar em imaginário carrossel.
Os olhares que ainda fitam,
perguntam fé e drama...inferno e céu.
Cafés surrealistas em Buenos Aires
Los cafés surrealistas de Buenos Aires serán divididos en dos etapas: del 9 al 10 y del 28 al 30 de Octubre
Día 9
- 18.00hs Café "Nutrientes y Tóxinas"
Anima: Grupo Mediaras – Cynthia Borgnia y Verónica Bianchi
Día 10
- 9.30hs Café "A pedagogia do novo é uma aposta na sensibilidade"
Animación colectiva.
- 11.30hs Café de Biodanza y sensibilidad.
Anima: Pires Dornelles
Lanzamiento del 4to volumen de la obra de Luis Alberto Warat "La digna voz de la majestad" de la editora "Fundação Boiteux".
Cafés Surrealistas 2da parte del 28 al 30 de Octubre: Se mantiene la programación anunciada.
Miércoles 28
10.00hs. Café "El hedonismo social" - Pensamiento de Michel Onfray
Anima: Leonel Severo Rocha
19.00hs. Café Fernando Pessoa: Un diálogo con Luis de Camoes
Animan: Joan Luis de Oliveira Roth y Albano Marcos Bastos Pêpe.
Jueves 29
10.00hs. Café "La ciudad de los sueños"
Anima: Fabio Quetglas
17.30hs. Café "Astrología y destino"
Anima: Diego Bianchi
Viernes 30
10.00hs. Café Pedra de Raio Acoso racial y otras problemáticas
Animan: Sérgio Sao Bernardo y Gabriele Batista Vieira
15.00hs. Café de la mujer: culpa y sometimiento.
Animan: Patricia Hermida y Alicia Suárez.
19.00hs. Cabaret Macunaíma sobre Kafka Filosofía y literatura teatralizada
Anima: Santiago Willis Guerra 23hs. Fiesta Aniversario del Profesor Warat
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Saudosismos de gol
Esse é um vídeo que fala por si só para quem sabe o prazer de um futebol com os amigos. Que lembra uma época em que tudo se resumia a fazer um gol (numa goleira sem redes) com um passe na medida feito pelo melhor amigo. O "maestro" nem bem comandava uma sinfonia futebolística. O "artilheiro" deveras não era tão vocacionado com os gols. Mesmo assim, se tratava de fantasia. E por isso é uma doce lembrança.
Inventávamos jogadas e bribles mágicos enrolando as gambas e tínhamos até o toque inicial da partida com "grandes" personalidades da cidade. Grande Societats!! Tinha o antes e o depois, que fazia a barriga doer de tanto rir ou de tanto abaca da praia, solidariamente distribuído. Era mesmo um bem-estar incomensurável que passou e que deixa saudade. Que a vida possa reservar grandes momentos e grandes amigos para todos. Vininha, um abraço mais que saudoso!
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Chocolate filosófico
Antigamente, as barras de chocolate
Hoje, depois que todos viraram coisas,
as barras de chocolate tem
Provavelmente seja mais vantajoso:
quem vende fica mais rico e quem come fica menos gordo.
O rico vira uma coisa com muito dinheiro.
O ex-gordo, de tão magro, fica uma coisa de tão feio.
O magro sem coisas para comer, pode até morrer de fome.
O rico cheio de coisas, também pode ser morto pelo magro.
Quando acordaram de manhã, o mundo era um risco só:
o rico corria o risco de ser gordo e o magro já era um risco.
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Manifesto contra a cegueira ( I )
Mas o assunto não era exatamente esse. Na verdade um correlato. Semana passada lancei no meu msn a seguinte frase: A capital nacional da literatura é campeã nacional na novela Caminho das Índias, parabéns Passo Fundo! E para minha surpresa, a frase, por si só, deu muito ibope. Gente que contestou, gente que concordou. Deu de tudo. Porém o que não deu muito ibope foram os argumentos, de lado a lado. Não se tratava exatamente de sugerir que a novela não tinha qualidade, nem mesmo que falar da Índia não estava tão na moda assim. Eu não poderia fazer qualquer juízo porque sequer assisti um capítulo. A preocupação era mesmo contra o histórico não percebimento, com a manipulação das massinhas cinzentas com catarata, com a reprodução de sentidos e horizontes que geralmente se reproduzem na televisão.
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Guarde essa frase para a sobriedade de amanhã: samba em bolero
para minha amiga Bruna,
A música que sonava pela penumbra
do alaranjado dos tijolos,
do frio que atravessava as borrachas dos sapatos,
das multicores luminosas do teto ia,
junto com a ressonância dos copos em brinde,
destruindo a armadura de cada personagem,
revelando a pureza de cada um,
tirando a máscara que escondia
a nudez moral daqueles viventes.
Tornamo-nos, no eterno daquele instante,
crus como carne de bicho morto.
O álcool nos curava como nunca
e nos sentíamos um tanto mais
que aquele pouco habitual
dos que podiam também mais.
Era nossa sã anestesia,
a morfina de nossas consciências.
O alívio das nossas insatisfações.
A vodka era nossa apoteose,
transformava o soturno da música
em impulso para a dança.
Irracionais, inconscientes e condicionados
pela embriagues do momento,
entramos no fabuloso mundo
que nos permite transmudar conceitos.
O frio era a razão do abraço.
A tristeza, uma jovem sensual de seios salientes,
pernas atrativas e outros predicados de sempre.
A solidão caía vencida por nossa plural alteridade.
Já não mudava saber que lado era o oeste.
Dançávamos poeticamente.
Fazíamos do samba um bolero:
até o dia voltar, até o álcool passar
até o frio abraçar de novo nossas costelas quentes.
Mais embates solitários com o amor...
domingo, 13 de setembro de 2009
Ah que saudade eu tenho da Bahia !!!
Treinando a memória e se tornando juiz
Que capacidade queremos daqueles que julgam o direito das gentes?
Lembrando Dante Aligueri que proclamava a lucidez em letras ao questionar: "Quem és tu que queres julgar,com vista que só alcança um palmo, coisas que estão a mil milhas?", é que se desenvolveu esse texto-desabafo. Esperançoso de que a fagulha lançada pelo CNJ seja o início de uma transformação em relação àquilo que esperamos daqueles que julgam-as-dores!
http://unisinos.br/blog/ppgdireito/files/2009/06/texto_sobre_resolucao_cnj1-paulo-ferrareze.pdf
Filosofia da causa e consequência
EUSESEISE
CHEGADAS
Entrehermes? A referência à Hermes e os pormenores de sua história: mito do deus grego psicopompo que conduzia almas entre o mundo das trevas e o mundo das luzes. Do ctônio escuro que alude ao inconsciente à celeste luz límpida que simboliza a consciência. Das placas tectônicas inacessíveis à vivacidade das nuvens em céu azul solar. Do inferno ao céu, do céu ao inferno talvez...Aqui estarão gravadas letras que emergem destes planos, em critérios completamente arbitrários e despegados da realidade categórica, nem bem surrealista, nem bem racional, tanto emocional, tanto poético.
Bienvenidos!